Em um mundo cada vez mais conectado, o acesso a serviços financeiros deixou de ser privilégio para se tornar um direito fundamental. A transformação digital no setor bancário não apenas moderniza processos, mas também promove a verdadeira igualdade de oportunidades.
Os bancos brasileiros estão destinando recursos sem precedentes para construir uma base tecnológica robusta. Em 2025, o orçamento para tecnologia alcançará R$ 47,8 bilhões, um aumento de 13% em relação ao ano anterior.
Desse montante, 61% será direcionado à Inteligência Artificial e migração para ambientes cloud seguros. Essas tecnologias emergentes geram ganhos de eficiência e personalização, permitindo que cada cliente receba soluções financeiras sob medida.
Além disso, os bancos planejam aumentar em 48% os investimentos no Pix e em 65% no Open Finance. Esses números refletem o compromisso de democratizar o acesso financeiro e oferecer mais autonomia aos usuários.
O panorama regional mostra avanços, mas sinaliza desafios. A pontuação da América Latina no Global Financial Inclusion Index 2025 subiu para 44,7, um crescimento modesto após anos de ganhos expressivos.
Enquanto o apoio governamental cresceu 0,9 ponto, iniciativas empresariais enfrentam incertezas geopolíticas. No entanto, o Brasil desponta como líder em infraestrutura digital, graças ao Pix, que adicionou mais de 71 milhões de usuários.
A percepção dos consumidores ainda pode melhorar. Mesmo sendo referência, o Brasil registrou queda na satisfação, seguindo tendência regional.
O Pix não é apenas um meio de pagamento; tornou-se um agente de inclusão. Em nove meses de 2025, foram realizadas 57,4 bilhões de transações, superando em 626% todo o ano de 2021.
Hoje, 76,4% dos brasileiros usam o Pix, superando cartões e dinheiro em circulação. Essa adoção se deve à sua flexibilidade e velocidade incomparáveis.
O mobile banking também se consolidou: 208,2 bilhões de transações bancárias, com um avanço de 25 pontos percentuais em canais digitais. O celular é hoje a principal porta de entrada para serviços financeiros, empoderando usuários a tomar decisões com autonomia e segurança.
O acesso ao crédito é um dos pilares da inclusão financeira. Mais de 59% dos brasileiros consideram o crédito essencial para alcançar objetivos pessoais e profissionais.
Entre os Millennials, 76% enxergam nos empréstimos a chance de melhorar a qualidade de vida. A Geração Z, por sua vez, planeja solicitar novos créditos em bancos digitais, refletindo a confiança nas soluções fintech inovadoras.
Tais práticas ajudam a ampliar seu leque de opções financeiras e a conquistar taxas mais competitivas.
As fintechs aceleraram a disponibilidade de crédito, mesmo em cenário de juros elevados (Selic em 15%). Em 2024, o crédito bancário cresceu 11,5%, e a emissão de títulos privados avançou 30%.
As instituições digitais respondem por um quarto do mercado de cartões de crédito. Elas se destacam por oferecer processos simplificados, menor burocracia e atendimento focado no cliente.
Essas iniciativas mostram como a inclusão financeira sustentável pode prosperar quando a tecnologia e o propósito andam juntos.
Para indivíduos, a recomendação é aproveitar ferramentas digitais para gerenciar finanças e educar-se sobre investimentos. Aproveitar recursos de open banking, comparar ofertas e acompanhar indicadores de crédito é essencial.
Para empresas do setor, é fundamental:
Dessa forma, fortaleceremos um ecossistema em que cada pessoa, independentemente de sua renda ou localização, tenha acesso a serviços financeiros de qualidade.
A trajetória de investimentos em tecnologia e as inovações emergentes sinalizam um caminho de inclusão e prosperidade. Cada nova transação digital, cada microcrédito concedido e cada usuário conectado representam um passo a mais rumo a um Brasil mais justo e desenvolvido.
Ao abraçarmos plataformas digitais inovadoras e colaborarmos para expandir o acesso, transformamos vidas e impulsionamos o crescimento. O desafio é grande, mas as ferramentas e iniciativas mostram que a aliança entre tecnologia e propósito social é a chave para que todos possam participar ativamente da economia do futuro.
Referências